Por Slavoj Žižek.
* Enviado Diretamente Pelo Autor
Para Sua Coluna No Blog Da Boitempo. A Tradução É De Artur Renzo.
O simples que é difícil de fazer
Os marxistas tradicionais
costumavam estabelecer uma distinção entre o comunismo propriamente dito e o
socialismo, que seria sua etapa inicial, inferior (na qual o dinheiro e o
Estado ainda existiriam, os trabalhadores ainda recebem salários e assim por
diante). Na União Soviética houve um debate em 1960 sobre onde eles se
encontrariam nesse quesito, e a conclusão foi que embora não estivessem ainda
no comunismo pleno, tampouco se encontravam na sua etapa inferior (o
socialismo). O resultado foi a introdução de uma distinção adicional entre uma
fase inferior e superior do próprio socialismo… Ora, será que algo semelhante
não está ocorrendo agora com a epidemia da covid-19? Até cerca de um mês atrás,
nossa mídia estava recheada de alertas sobre uma segunda e muito mais potente
onda da epidemia que ocorreria no outono e no inverno.
Hoje, com novos picos em toda
parte e números de infecção despontando mais uma vez, o que se diz é que não se
trata ainda da segunda onda, mas apenas de um agravamento da primeira onda, que
persiste. Essa conclusão classificatória só confirma que a situação da covid-19
está ficando grave, com o número de casos explodindo em todo o mundo novamente.
Portanto passou da hora de levar a sério verdades simples tais como aquela recentemente
anunciada pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus: “A maior
ameaça diante da qual nos deparamos agora não é o vírus em si, é a falta de
liderança e solidariedade a nível global e nacional. Não conseguiremos derrotar
essa pandemia se permanecermos divididos enquanto mundo. A pandemia da covid-19
é um teste de solidariedade e liderança globais. O vírus floresce com a
divisão, mas é aplacado quando nos unimos.” Levar essa verdade a sério
significa que devemos considerar não apenas as divisões internacionais como
também as divisões de classe no interior de cada país.
“O coronavírus meramente
explicitou a pandemia pré-existente de pobreza. A covid-19 chegou em um mundo
no qual a pobreza, a desigualdade extrema e o desprezo diante da vida humana
estão se alastrando, e no qual políticas econômicas e estruturas jurídicas são
concebidas a fim de gerar e sustentar riqueza para os mais poderosos, não para
erradicar a pobreza.”
Philip Alston, “Covid-19 has revealed a
pre-existing pandemic of poverty that benefits the rich”, The Guardian, 11
jul. 2020.
Conclusão: é impossível conter a
pandemia viral sem atacar também a pandemia da pobreza. Como? A princípio, não
há muito mistério: dispomos dos meios necessários para reorganizar
adequadamente o sistema de saúde e assim por diante. No entanto, para citar a
frase final do “Elogio ao comunismo”, de Brecht, presente na sua peça A
mãe: “Er ist das Einfache, das schwer zu machen ist [É o simples, que é
difícil de fazer]”. Há muitos obstáculos que fazem com que esse simples seja
tão difícil de realizar (sobretudo a ordem capitalista global), mas quero aqui
focar em um obstáculo ideológico – ideológico no sentido das
posturas, preconceitos e fantasias semi-conscientes, mesmo inconscientes, que
regulam as nossas vidas também (e especialmente) em tempos de crise. Ou seja,
trata-se de pensar uma teoria psicanalítica da ideologia.
Nos meus livros, muitas vezes me
refiro a uma série de filmes de Louis Buñuel construídos em torno do tema
central recorrente da “impossibilidade não explicável da realização de um
simples desejo” – as palavras são do próprio Buñuel. Em L’age d’or, o
casal quer consumar seu amor, mas é repetidamente impedido de o fazer por conta
de algum acidente besta. O herói do filme Ensaio de um crime quer
realizar um simples assassinato, mas todas as suas tentativas fracassam. Ao
final de uma noite de festa, um grupo de pessoas ricas não consegue atravessar
a soleira para deixar a casa em O anjo exterminador. Em O discreto
charme da burguesia, dois casais querem jantar juntos, mas complicações
inesperadas sempre impedem a realização desse simples desejo. E finalmente em Aquele
obscuro objeto do desejo temos o paradoxo de uma mulher que, através de
uma série de truques, adia repetidamente o momento final de encontro com seu
amante… Será que não estaríamos testemunhando algo muito semelhante com a
reação à atual pandemia? Todos nós de uma maneira ou de outra sabemos o que
precisa ser feito, mas as estranhezas do destino vão nos impedindo de fazê-lo.
Agora que as infecções de
covid-19 estão aumentando e as pessoas voltam a se preocupar, as novas medidas
restritivas são anunciadas mas sempre junto com uma ressalva explícita ou ao
menos implícita dizendo: “mas não haverá retorno a um lockdown total,
a vida pública continuará…” Essa ressalva ecoa as queixas de muitas pessoas:
“Eu não aguento mais [um lockdown total]. Quero minha vida normal de
volta!” Por que? Terá sido o lockdown uma paralisia desprovida de
dialética (para inverter o famoso tema benjaminiano da “dialética paralisada” [Dialektik
im Stillstand])? Nossa vida social não está paralisada por estarmos tendo que
obedecer a regras de isolamento social e quarentena – em tais momentos de (ou
do que pode parecer uma) paralisia as coisas estão mudando radicalmente. A
rejeição ao lockdown é na verdade uma rejeição à mudança.
Normalidade e psicose coletiva
Ignorar isso significa nada menos
que um tipo de psicose coletiva. Escuto nas queixas contra o lockdown uma
confirmação inesperada da afirmação de Jacques Lacan de que a normalidade
é uma versão de psicose. Exigir um retorno à normalidade hoje implica um
fechamento psicótico ao real do vírus – seguimos agindo como se a infecção na
realidade não ocorresse. Basta reparar nos discursos mais recentes de Donald
Trump: embora ele tenha consciência do verdadeiro escopo da epidemia, ele fala
e age como se não soubesse de suas implicações, acusando ferozmente os
“esquerdistas fascistas” de serem a principal ameaça aos EUA hoje, e por aí
vai. Mas Trump aqui é muito menos uma exceção do que pode parecer – lemos
regularmente na mídia e na imprensa notícias que soam algo como: “Apesar dos
novos picos de infecção, a abertura continua…” De maneira insuperavelmente
irônica, o retorno à normalidade torna-se assim o gesto psicótico supremo, o
emblema da loucura coletiva.
Isso, é claro, não resume a
verdade toda a respeito do impacto psíquico da epidemia. Em uma época de crise,
o grande Outro (a ordem simbólica substancial que regula as nossas interações)
está simultaneamente desintegrando, demonstrando sua ineficácia, e se
fortalecendo (nos bombardeando com ordens precisas a respeito de como agir, o
que fazer e o que não fazer). Isto é, o fechamento psicótico não é a única nem mesmo
a mais predominante reação à epidemia. Há também a postura obsessiva.1 Muitos
de nós gozamos com os rituais protetivos contra o perigo da infecção. Lavamos
compulsivamente as nossas mãos, evitamos tocar nos outros e mesmo tocar a nós
mesmos, esterilizarmos todas as superfícies de nossos apartamentos etc. É assim
que agem os obsessivos: uma vez que o gozo objetal se encontra interditado,
eles realizam uma guinada reflexiva e passam a gozar com as próprias medidas
que mantêm o gozo objetal a uma distância segura.
Aqui, Jacqueline Rose levantou
uma objeção crítica contra mim (durante um debate na Birkbeck Summer School):
“Como você concilia a liberação de obscenidade, mesmo psicose, no espaço
público com a sua explicação dos elementos progressistas do momento? Pode a
ética derrotar a obscenidade? Temo que o conjunto da psicanálise sugere o
contrário.” As coisas, a meu ver, são mais complexas. A obscenidade perversa
não é o momento no qual o inconsciente irrompe abertamente de maneira
desprovida de qualquer regulação ética a constrangê-lo. O próprio Freud chegou
a escrever que na perversão, o inconsciente é o mais difícil de acessar –
motivo pelo qual é quase impossível psicanalisar os perversos: primeiro eles
precisam ser histericizados, é preciso que suas certezas sejam enfraquecidas
pelo surgimento de questionamentos histéricos.
Mas penso que o que estamos
testemunhando agora, com a epidemia se arrastando, é justamente uma
gradual histericização daqueles que possuíam uma posição perversa ou
mesmo psicótica. Trump e os outros novos populistas de direita estão surtando
internamente, ficando nervosos, suas reações são cada vez mais inconsistentes,
autocontraditórias, assombradas por uma questão. Voltando a Rose, penso que a
própria obscenidade já depende de certa ética, ela se enquadra numa postura que
não pode ser designada senão como ética: aqueles que agem de maneira obscena
querem chocar as pessoas com seus atos e assim despertá-los de suas ilusões
cotidianas. A forma de superar essa ética da obscenidade é trazer à tona suas
inconsistências: aqueles que agem de maneira obscena possuem seus próprios
tabus, eles nunca são tão radicais quanto pensam ser. Não há nenhum político
atualmente mais constrangido pela repressão de seu inconsciente do que
Trump, precisamente quando ele pretende agir e falar de maneira
sincera e aberta, dizendo o que lhe der na telha.
O pessimismo de Rose se
justifica, mas num nível ligeiramente diferente. Hegel não disse simplesmente
que não se aprende nada da história, ele disse que única coisa que aprendemos
com a história é que não há nada a se aprender com ela. É claro que “aprendemos
com a história” no sentido de reagir às catástrofes do passado, de incluí-las
nas narrativas de um possível futuro melhor. Digamos, depois do horror da Primeira
Guerra Mundial, as pessoas ficaram completamente horrorizadas e formaram a Liga
das Nações a fim de evitar futuras guerras – mas o que veio em seguida foi a
Segunda Guerra Mundial. Aqui sou um pessimista hegeliano: cada trabalho de
luto, cada simbolização de uma catástrofe deixa algo de fora e assim abre um
caminho para uma nova catástrofe. E não adianta ter consciência do perigo que
nos aguarda. Basta lembrar do mito de Édipo: seus pais sabiam o que ocorreria,
e a catástrofe se realizou porque tentaram evitá-la… sem a profecia
que comunicou a eles o que aconteceria, a catástrofe não teria se realizado.
Só penso que nossos atos nunca
são autotransparentes, nunca sabemos o que estamos fazendo, quais serão os
efeitos do que estamos fazendo. Hegel tinha plena consciência disso e aquilo
que ele denominava “reconciliação” não é um triunfo da razão mas a aceitação da
dimensão trágica da nossa atividade: precisamos humildemente aceitar as
consequências de nossos atos mesmo que não gostaríamos que isso ocorresse. Os
comunistas russos não queriam o terror stalinista, isso não fazia parte dos
planos deles, mas foi o que ocorreu, e eles são de certa maneira responsáveis
por ele. Será que o mesmo se dará com a epidemia do corona? E se algumas das
medidas que estamos implementando para combatê-la ensejarem novas catástrofes?
O suporte fantasmático do
capitalismo
É assim que devemos aplicar o
idealismo de Hegel à realidade da covid-19: aqui, também, devemos ter em mente
a afirmação de Lacan de que não há realidade desprovida de suporte
fantasmático. As fantasias fornecem a moldura daquilo que experimentamos como
realidade – a epidemia da covid-19 como fato da nossa realidade social é
portanto também uma mistura do real e das fantasias: todo o arcabouço a partir
do qual nós a percebemos e reagimos a à pandemia é sustentada por diferentes
fantasias (sobre a natureza do próprio vírus, sobre as causas de seus impacto
social e assim por diante). O próprio fato de que a covid-19 quase parou o
mundo em um momento no qual muito mais pessoas vinham morrendo de poluição,
fome etc, já fornece um claro indício dessa dimensão fantasmática. Temos a
tendência de esquecer que há pessoas – refugiados, pessoas presas em meio a uma
guerra civil – para as quais a epidemia da covid-19 representa uma preocupação
menor, desprezível.
Isso significa que não há
esperança? Etienne Balibar escreveu o seguinte contra mim (também no contexto
de um debate na Birkbeck Summer School): “me soa um pouco infantil a ideia de
que só porque a crise é uma ‘grande’ crise (concordo), todas as ‘lutas’ estão
potencialmente se fundindo em um único movimento revolucionário (contanto que
gritemos ‘uni-vos! Uni-vos!’ de maneira suficientemente alta)… ainda permanecem
alguns obstáculos! As pessoas precisam primeiro sobreviver…” Mas penso que algo
como uma nova forma de comunismo terá de surgir precisamente se quisermos
sobreviver!
Se as últimas semanas
demonstraram alguma coisa é que o capitalismo global não tem condições de
conter a crise da covid-19. Por que não? Como observou Todd MacGowan, o
capitalismo é, em seu âmago, sacrificial – em vez de imediatamente consumir o
lucro, devemos reinvesti-lo, de modo que a satisfação plena é eternamente
adiada.2 Em uma das últimas cenas da ópera de Mozart, Don Giovanni canta
de maneira triunfal: “Giacché spendo i miei danari, io mi voglio divertir [Já
que estou gastando meu dinheiro, quero me divertir]” É difícil imaginar um lema
mais anticapitalista – um capitalista não gasta seu dinheiro para se divertir,
mas para ganhar mais dinheiro. No entanto, esse sacrifício não é
experimentado como tal, ele é ocultado: nos sacrificamos agora para lucrar lá
na frente.
Com a epidemia da covid-19, a
verdade sacrificial do capitalismo veio à tona. De que forma? Somos abertamente
solicitados a sacrificar (parte das) nossas vidas agora a fim de
manter a economia rodando. Estou me referindo aqui à maneira pela qual alguns
dos seguidores de Trump, por exemplo, diretamente exigiram que pessoas maiores
de 60 anos de idade deveriam aceitar morrer a fim de sustentar o “american way
of life” capitalista… É claro, os trabalhadores que exercem profissões
perigosas (mineradores, metalúrgicos, caçadores de baleias) já vêm arriscando
suas vidas há séculos – isso sem falar nos horrores da colonização, em que quase
metade da população indígena foi erradicada – mas agora o riso está direta e
explicitamente formulado, e não é exclusivo aos pobres. Pode o capitalismo
sobreviver a essa mudança? Penso que não: ela sobrepuja a lógica do gozo
eternamente adiado que permite com que o capitalismo funcione.
O obverso desse ímpeto
capitalista incessante de produzir a cada instante novos objetos são as
crescentes pilhas de restos inúteis, montanhas de carros usados, sucata
eletrônica e assim por diante, tal como o famoso “cemitério de aviões” no
deserto de Mojave na Califórnia. Nessas pilhas cada vez maiores de “coisas”
inertes, disfuncionais, que não podem senão nos provocar espanto com sua
presença inútil, é possível, por assim dizer, identificar o ímpeto capitalista
em estado repouso. E será que algo dessa natureza não ocorreu com todos nós
quando, com a quarentena, nossa vida social se paralisou? Vimos objetos que
usávamos todo dia – lojas, lanchonetes, ônibus, trens e até aviões –
simplesmente em estado de repouso, fechados, desprovidos de suas funções. Não
poderíamos dizer que isso foi uma espécie de epoché imposta sobre
nós? Tais momentos devem nos fazer pensar: será que vale mesmo a pena voltar ao
pleno funcionamento desse mesmo sistema?
O mais difícil ainda está por vir
A verdadeira provação, contudo,
não é tanto o lockdown e o isolamento, ela se dará quando nossas
sociedades começarem a se movimentar novamente. Em uma coluna anterior aqui no
Blog da Boitempo, comparei o efeito da epidemia de covid-19 sobre a ordem
capitalista à “técnica dos cinco pontos que explodem o coração” da cena final
do filme Kill Bill: volume 2, de Quentin Tarantino. A técnica consiste em
uma combinação de cinco golpes desferidos com a ponta dos dedos em cinco pontos
de pressão diferentes no corpo do oponente. Depois de sofrer o golpe, a vítima
ainda pode seguir viva contanto que não se mova. Assim que virar as costas e
completar cinco passos, contudo, seu coração explode e ela desaba… Ora, não foi
assim que a epidemia da covid afetou o capitalismo global? É relativamente
fácil manter o lockdown e o isolamento, temos consciência de que
trata-se de uma medida temporária; algo como dar uma pausa. Os problemas
realmente vêm à tona quando nos vemos diante do imperativo de inventar uma nova
forma de vida, uma vez que fica claro que não há mais possibilidade de retorno
à antiga. Em outras palavras, os tempos realmente difíceis estão chegando agora.
Em um ensaio ainda inédito
intitulado “Present Tense 2020”, W. J. T. Mitchell lê a temporalidade da
epidemia através das lentes da tríade da antiguidade grega composta por
Chronós, Aion e Kairós. Chronós personifica o tempo linear implacável que
conduz inexoravelmente à morte de todas as coisas vivas. Aion é o deus do tempo
circular, das estações, do ciclo do zodíaco, da imagem da serpente devorando a
própria cauda, do eterno retorno. Kairós possui um aspecto duplo de ameaça e
promessa – na teologia cristã, trata-se do momento da decisão fatídica, o
momento no qual “a novidade vem ao mundo”, assim como no nascimento de Cristo.
A epidemia é em larga medida lida
através das lentes de Chronós ou Aion: como um acontecimento no curso linear
das coisas, como uma temporada ruim, um ponto baixo que cedo ou tarde será
revertido. O que eu espero é que a epidemia siga a lógica de Kairós: uma
catástrofe que nos impelirá a encontrar um novo começo. Para nossos liberais, a
aparição inesperada de Trump foi um momento de Kairós, algo novo que estilhaçou
os fundamentos de nossa ordem estabelecida. Para mim, Trump é apenas um sintoma
do que já estava errado em nossas sociedades, e ainda estamos para ver o novo
surgir.
Se não inventarmos um novo modo
de vida social, não será apenas um pouquinho pior, mas muito pior. Mais uma
vez, minha hipótese é de que a epidemia da covid-19 anuncia uma nova época na
qual teremos que repensar tudo, inclusive o significado básico do que é ser
humano, e nossas ações devem ir ao encontro de nossos pensamentos. Talvez hoje
devamos inverter a décima primeira tese de Marx sobre Feuerbach: no século
vinte, tentamos mudar o mundo de maneira rápida demais, e agora chegou a hora
de interpretá-lo de uma nova maneira.
Notas
* Enviado diretamente pelo autor para sua coluna no Blog da Boitempo. A
tradução é de Artur Renzo.
1 Devo essa sacada a Matthew Flisfeder, em uma comunicação pessoal.
2 Todd McGowan, comunicação pessoal.
Slavoj Žižek nasceu na
cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo, psicanalista e um dos
principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento
e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma
inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European
Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana,
Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é um
dos diretores do centro de humanidades da University of London. Dele, a
Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003), Às
portas da revolução (escritos de Lenin de 1917) (2005), A visão em
paralaxe (2008), Lacrimae rerum (2009), Em defesa das
causas perdidas, Primeiro como tragédia, depois como farsa (ambos de
2011), Vivendo no fim dos tempos (2012), O ano em que sonhamos
perigosamente (2012), Menos que nada (2013), Violência (2014), O
absoluto frágil (2015), O sujeito incômodo: o centro ausente da
ontologia política (2016) e Pandemia: covid-19 e a reinvenção do
comunismo (2020). Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.
Fonte: https://blogdaboitempo.com.br/2020/07/20/zizek-a-dialetica-paralisada-da-pandemia/
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