Por: Mör
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E tudo é demasiado rude – na solenidade de meu bem-estar.
“Nós todos devemos rezar, orar e crer, para que mundo não nos julguem ou não
descubra nossos segredos.” – É horrível pensar que ao falar isso, desabrochamos
todas as pétalas de rosas; todos os sabores; todas as certezas..., enquanto
estamos no sol. “Todos nós somos seres horríveis e, devemos ser horríveis –
continuar sendo, é uma das razões para tal.”
É importante pensar que “isso tudo” não têm uma razão, um
sentido ou uma absorção do conhecimento. “Eu não sei. Eu realmente não tenho
respostas para o mundo e, creio que você também não terá, mesmo que de alguma
forma sejamos parecidos – nós dois somos seres humanos, mas o fato de você
estar próximo de mim, não significa que eu devo permanecer quieto. Eu tenho
medo. Medo que você me descubra. Medo que você venha até aqui e me julgue como
louco. Eu tenho medo de ser alguém especial e de descobrir as coisas, da qual
não acredito existirem. Eu tenho medo do Grande Arquiteto do Universo. Eu tenho
medo de mim mesmo e, eu tenho medo da sociedade em si. Eu tenho medo dos
mortos, mas os mortos fazem parte de mim – então, não tem como negá-los. Não
tem como negar os mortos. Não tem como negar os vivos e, a presença dos mortos
em nossas vidas – como se fosse fácil tudo isso – como se fosse fácil plantar
uma planta e, adubá-la, para que essa cresça naturalmente.”
Querendo ou não, algumas das plantações que fizemos na vida,
nós não iremos colher, mas nossos filhos irão colher após a nossa morte. Eles irão
colher após a nossa morte! “Quando eu olho para o céu, eu lembro de Agostinho –
Agostinho, sendo tão nobre e ruim (com sua mãe, com sua família…), creio também
seja (creio que também eu seja!), tudo e todos. Creio que eu não consiga
resolver esse enigma – o enigma deixado por Friedrich Nietzsche em suas obras.
Creio que não sejamos capaz de decifrá-la e, também creio que nenhum ser humano
seja capaz de tal! — Eu tenho medo que a água corra até minha presença e, da
certeza do tsunami (que me atingirá!) – mesmo que eu esteja somente numa ilusão
– nesse caso, ainda sinto as dores, pois é real (de, ter-de ser real!) – eu não
queria, mas eu sou. Assim como você! Então, diga-me. ‘Por que sua morte é tão
requisitada’? ‘Por que os shinigamis adoram você’? ‘Ou, por que, sua vida é tão
desprezada por si mesmo’? ‘Por que sua vida não pode ser algo maravilhoso’?
‘Por que sua vida não pode ser algo bom’? ‘Por que sua vida tende à ser ruim’?
‘Por que você acredita que ela é ruim’? – quanto todos à sua volta, dizem que ela
é boa. — Eu não acredito nisso, mas você acredita! Você acredita que é capaz de
morrer e deixar tudo para trás. Fugir dos prazeres da vida! Fugir da certeza do
absoluto e da incerteza do caos! ‘Por que você deve se entregar ao caos’? — Eu
não sei! ‘Eu somente sei, que nada sei’, como já dizia o jovem Sócrates. ‘Ele
não sabia de nada, pois, era como eu. Ele era como o louco e, o louco, são como
os pássaros citados no capítulo anterior.”
O capítulo anterior nada mais é do que o sábio. O capítulo
anterior nada mais é do que o louco em meio ao caos, em meio ao absoluto, em
meio às incertezas da grama – que seria verde, mas não é, de tal maneira.
Inclusive, as cores nada mais são do que aspectos observados por nós. Todos nós
enxergamos cores diferentes, mas não podemos negar que as palavras
(entendidas!), nessa razão, são absorvidas de maneiras diferentes, por nós. “A
água que escorre pelo cano, pode decifrar todo enigma, de mim. Contudo, o
enigma do ser humano; todo enigma da incerteza; todo enigma desse capítulo e
desta obra de arte – mas, essa obra de arte não será como tal – essa obra de
arte será julgada – essa obra de arte será requisitada por todos e julgada por
todos – pois, essa, não é realmente uma obra, mas uma profecia do ser.”
A vivência e o medo de falar aquilo que é verdade, sempre
foi um problema para o ser humano – enquanto, animais se aproximam da morte –
nós também nos aproximamos, pois fazemos parte dessa cadeia alimentar. “Todos
nós devemos ter uma missão importante, mesmo que essa missão seja ‘morrer em
prol de um objetivo em comum’. — Eu não acredito no ser, mas o ser acredita em
mim – o ser acredita em mim e, ele é capaz de tudo – ele é capaz de tudo, pois
ele faz parte de tudo – e eu tenho comigo, que essa gravação será interrompida
– pois, essa, estará disposta a imaturidade do Século (este século invisível) –
o bastante, para questionar-me e, também como tal anonimato proporcionado,
dai-me a honra de participar. — Temo que tudo seja em vão! Temo que tudo seja o
branco e, que o branco realmente não seja luz, mas às trevas!”
As escrituras são para poucos, juntamente com o idioma, cuja
essência também é para poucos. “Os poucos que me seguem são, realmente, sábios,
de alguma forma – mesmo que esses, estejam no mais profundo abismo.” Essa é a
filosofia do abismo, capaz de ressuscitar os mortos. “Os mortos fazem parte de
ti agora.” Por que ignorá-los? Por que deixar essa personalidade (morta) que se
formou em seu alter-ego, torne-se algo ruim? “Liberte-se do medo. Liberte-se de
você mesmo. Liberte-se deste alter-ego. Seja você – mesmo que você já esteja
morto – mesmo que seu alter-ego esteja vivo (fazendo parte de sua alma) – mesmo
que sua alma, na verdade, seja de outra pessoa que já se foi – mesmo que você
não seja mais capaz de amar – mesmo que você tenha dúvidas e tenha medo, que
seja pego pelos outros homens – mesmo que esse medo seja assombroso – e mesmo,
que a vida inteira, seja ruim – mesmo que você não possa mais voltar para seu
território e, ser feliz nele – acredite que é possível encontrar esse morto –
sendo capaz, de encontrar a vivência do outro, do homo sapiens (que se foi),
dentro de você – essa vivência é necessária para que a morte deste seu ente
querido seja realizada.”
Mate e sacrifique a virgem para que isso seja benevolente
para ti, mas não mate nenhum Ir.’. seu. Não mate aqueles que estão vivos, mas
somente aqueles que estão mortos, pois, aqueles que já morreram devem ser
sacrificados para que atinjam a luz. Eles devem ser esquecidos, mas não
“esquecidos” por você. Eles devem ser esquecidos por todos, mas jamais serão
esquecidos por você, pois, estes fazem parte de sua alma; estes fazem parte de
sua essência; da sua filosofia; estes estão consigo e, você está com o mundo –
você faz parte do Grande Arquiteto do Universo e, se você negá-lo, ele também o
negará, pois este faz parte do mundo e, o mundo faz parte de você.
Há quem diga que você criou o mundo. Há quem diga que o
pensamento e tudo que você vê, na verdade, são criações de sua mente, mas não
negue isso. Acredite nisso realmente! Então? Ainda é capaz de sentir angústias?
“Você está cego. Você não acredita totalmente nessa filosofia. Pois, você está
buscando uma verdade e, essa verdade nunca chegará, por mais que você estude –
por mais que você seja alguém sábio – por mais que você seja um professor – por
mais que você seja um artista – essas filosofias serão esquecidas – essas
filosofias serão enterradas, como na caverna dos animais mortos.” É por isso
que você deve entender a metáfora e, essa metáfora, iluminará o seu dia como o
sol ilumina minhas manhãs.
O mundo inteiro é cheio de problemas – e os problemas estão
conosco – o medo está conosco – e o medo ressoara em sua vinda todos os dias e,
em todos os segundos, de sua existência. Não é possível fugir dele. Não é possível
ignorá-lo. Exceto, se você nunca o conheceu – e se você nunca o conheceu, você
também será julgado –, mas não recomendo essa dádiva (essa sábia dádiva!) – a
dádiva do medo-de-não-tê-lo. “Por isso acredite em si. Acredite nas nuvens que
tapam o sol e fazem as sombras, para aquele que está com calor.” Você está com
calor?
Sua alma está protegida pelo seu corpo. Toda biologia é
necessária para proteger o espírito, mas o espírito não está conosco, pois este
já está morto, quando Deus também morreu. “Deus partiu e deixou os homens, mas
os homens não deixaram Deus. Os homens criaram novos deuses e, desta forma,
Deus voltou.” Se Deus ressuscitou, por que os homens também não podem? “Eles
podem e, na verdade, já o fazem. Somente não o compreendem.” Os homens, na
verdade, são frutos de Agostinho. Frutos da religião. Frutos da benevolência da
alma. “Aqueles que acreditam na física devem ser perdoados, pois a física ainda
sim, é importante para essas almas, juntamente para com aquele que vos fala.”
Este que vos fala será julgado e internado, mas não se preocupem. “Os profetas!
Os falsos profetas, mais especificamente, são aqueles que estão entre vós.
Então, caso, não o for, internado, ignore a minha mensagem. Não que eu deseje,
mas talvez seja necessário, para que eu também possa, assim, libertar, as almas
daqueles que estão perdidos, em suas ilusões – em especial, os
esquizofrênicos.” — Que Deus solidifique a minha alma e, que o grande arquiteto
apareça em minhas mensagens. — Que eu possa reaver os meus problemas –
reaver-me com Deus e, que ele possa me perdoar por toda essa oração que eu
esteja fazendo. “Eu desejo me tornar médico, mas médico eu não me tornarei.
Talvez aprenda as técnicas, mas nunca sua filosofia. Eu tenho medo e, por isso,
eu irei me afastar do ser humano, pois este ser humano, também se afastou de
mim. Não que eu seja ruim (pois não sou) e, nem que eu seja bom (pois não sou).
Eu diria que, na verdade, a minha neutralidade, se dê, devido aos meus
problemas e, os problemas se dê, devido aos mortos que tendo ressuscitar todos
os dias em meu coração. Eu tenho para mim, que a vida irá me mostrar o caminho
e, que esses escritos, de certa forma, que essa fala, de certa forma, seja
necessária, para que você também encontre, o seu caminho, o seu propósito como
ser humano, neste mundo, confuso e caótico (que talvez nem exista). Ele
existirá, naqueles que acreditam em sua existência – naqueles que buscarem o
conhecimento profundo e, quando a loucura iminente falar consigo, adquira
conhecimento para lidar com a loucura.”
Todos os animais podem ter consciência, mas nós, em nossa
suma ignorância, não conseguimos admirar os animais, então os animais acabam
sendo, desinteressantes para a gente – mesmo que estes, possam estar em nosso
corpo – mesmo que estes, possam nos matar – ou nos ensinar, tal como fez, com
Diógenes (e seus cães). “Os cães ajudaram Diógenes, da mesma forma, que as
formigas me ajudaram. Elas me fizeram entender a aleatoriedade dos fenômenos e,
as formigas por si só, não metaforicamente, ajudaram-me a entender o problema
da caoticidade.” Este problema sempre será confuso para a humanidade, mas
tentarei simplificá-lo em meus textos. Então, não tema-o. “Não tema o
desconhecido, pois o desconhecido foi o que levou você até aqui. O desconhecido
e suas dúvidas sobre o mundo, foram o que levaram, você, a me entender – pensar
como eu e, raciocinar como eu.” Podemos pensar na vida inteira, morrer por ela
e, o mundo continuará (e não acabará, enquanto houver uma mente capaz de
pensar) –, mesmo que essas mentes não sejam mais seres humanos – e, sim, seres
melhores do que os seres humanos. “Não digo que sou melhor e, nem você deve
fazer isso. Do contrário, estará sendo muito inferior à eles – pois, estes,
reconhecerão seus instintos e estes, esquecerão da razão.”
Caso tenha chegado até aqui: não faça guerras! Do contrário,
as guerras, também, o matarão e, farão, de você, um vilão – mesmo que você seja
inicialmente conhecido como um herói. “Nenhuma das vertentes pode ressoar a
magnitude de nossas almas, mas as nossas almas ainda possuem desejos que não
podemos controlar.” Nossas angústias são capazes de sofrer, de rezar e de temer
o desconhecido – de temer o amor, por mais bondoso que seja – por melhor e mais
prazeroso que seja (em especial, o sexo-amoroso, sendo excelente, seja virtuoso
e bom) – ainda, temos angústias para com ele. Pois, este, não estará nos
fornecendo prazer o tempo todo – e, essa angústia; essa solidão; essa magnitude
de incertezas e incógnitas, fazem de mim e, do ser humano em geral, seres infelizes
através do ciúmes. “O ciúmes nada mais é do que a incerteza de que estamos
presos, após sair da caverna (acabamos por nunca sair da Caverna de Platão) –
e, somente saímos da caverna, quando não sentirmos mais ciúmes.” Então,
abriremos mão para a nossa realidade; a nossa certeza; o nosso mundo perfeito,
mas lembramo-nos de que o mundo perfeito, não é realmente o mundo perfeito,
pois, o que é perfeito para mim, não é perfeito para você e, nessa angústia de
perfeições e imperfeições, encontramo-nos com o Grande Arquiteto do Universo e,
este nos diz para “continuar nossa missão em busca da verdade”, mas a verdade
sempre está um passo à frente da gente – a verdade é o mais excelente jogador
de xadrez, já existente, na humanidade, então, não podemos encontrar ela – não
podemos questioná-la – não podemos encontrar ela – não podemos ganhar dela.
Por que, então, jogar este jogo? “Pois, o ser humano, só têm
um princípio enquanto tal: jogar e se divertir, nesse grande RPG, que é a vida
real.” É nessa vida real, que devemos ter esse princípio e, conhecer tudo a
respeito, até mesmo, do sobrenatural – e, conhecendo o sobrenatural, chegaremos
em nossa essência e, chegando em nossa essência, desenvolvemos nossa
inteligência – através da certeza do incerto, questionando toda nossa pureza.
“Somos Yin, somos Yang, somos a incógnita do caos, a incógnita dos buracos
negros – que nos engolem, caso tenhamos a imortalidade (da alma!) – e, nossa
imortalidade estará presa em diversas realidades, como alertava Allan Kardec,
mas não iremos, nos firmar ao misticismo.” Através da dúvida sobre a verdade,
encontramos a verdade. Através da verdade sobre a dúvida, encontraremos a nossa
libertação.
“Nossa libertação questionará tudo e todos, assim, todos
aqueles que nos julgarem, serão inferiores à nós – quanto mais julgo, mais
preconceito e morte – mas, é através desse risco, que atingiremos a sabedoria,
através da certeza sobre a felicidade.” Muitos irão nos atacar, mas você deve
se proteger – não, o atacando novamente, mas indo rumo a solidão (se for o
caso). Porém, lembre-se de que a solidão traz muitos riscos e, estes riscos,
poderão levar- mo-nos ao abismo mais profundo de todos, onde nem mesmo, às
palavras poderão alcançá-lo.
“Então, quando estiver esquizofrênico, terás uma paz, sobre
aqueles que lhe seguiram – inclusive, sobre os súditos, nobres e guerreiros
que, desejam encontrar a salvação, daquelas almas que estão presas em suas
ilusões.” — Admirado são suas essências, apesar de que, na realidade, busco uma
certeza através destes. “Estes podem ser os verdadeiros profetas.” Contudo, não
irei “enlouquecer” ao ponto de chegar até eles, mas chegará um ponto em que
eles, chegarão até mim.
Portanto, serei o louco mais louco. O louco que sabe que é
louco: o homo niil – aquele que sabe, que não sabe. — Sócrates. — Eu. — E você!
//
MÖR. A existência como meio filosófico e espiritual de
pensar. 1°ed. Capítulo Eleutheria, 2020. Pág. 53-55.
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