Consumimos ou consumidos ?


         

 

Por: Douglas (acadêmico de Geografia,  na UNESC.)



A sociedade e todo seu mecanismo de sobrevivência se aprimoram ao longo do tempo de forma bastante explícita. Fato este decorrente de um impacto gerado pelo processo de globalização, que por sua vez teve o estopim no século XV com as grandes navegações. Desde então, a mudança de cultura, comércio e socialização passou a ser frequente com novos modelos de vida compartilhados diversas raças, etnias e culturas. Consequentemente, novos métodos de produzir e consumir mercadorias foram inseridos na vida social dando origem a um desenfreado vício do “querer sempre mais”, mais comum agora no século XXI. Com a continuidade deste processo em que o mundo todo está interligado, a aculturação (apagamento cultural) promovida pelos fluxos de pessoas, informações e principalmente capital produtivo gera uma alta taxa de consumismo em escala mundial.


 










Após a primeira revolução industrial, a forma como o mundo passou a se conectar tem ficado mais ágil e eficiente. O transporte, a informação, as mercadorias e até mesmo as pessoas evoluíram e aumentaram perspectivas recorrentes a tal processo que é movido por uma questão principal: aumento da produção capitalista. Para que tudo isso fosse exposto ao mundo de maneira eficaz foi necessário seguir alguns fluxos, os quais impulsionaram e validaram de fato o mundo agora globalizado. Realmente um mundo interligado e repleto de informações que podem beneficiar a todos trata-se de algo com vasta credibilidade para que ocorra uma expansão de informações positivas e sustentáveis a serem passadas em questões globais. Entretanto, o fluxo de mercadorias pode também gerar impactos negativos ­­­nas vidas das pessoas as quais estão expostas.

Quando tratamos de impactos negativos, o assunto em questão requer uma atenção e cuidado maior. Hoje tornou-se muito inabitual encontrar um indivíduo que não tenha algo que foi confeccionado no exterior, por exemplo. Os informes pautados e ilustrados em páginas de internet e televisores, apontam diversas opções de acessórios, roupas e estilos de vidas que nos convencem a adaptarmo-nos ao que está sendo imposto, mesmo que indiretamente. Em virtude disso, a sociedade em si passou a desejar e consumir cada vez mais, impulsionando o crescimento e enriquecimento do capital produtivo.  As propagandas fortalecem este vício, de acordo com a calça, tênis, brinco, celulares e diversos produtos que está em alta no momento. As pessoas, deixaram de colecionar vivências boas para armazenar padrões de culturas e maneiras globalizadas de se viver.

           A aculturação promovida através dos fatos apresentados gera uma crise de identidade das nações que sofrem tais impactos, diante a prática do consumismo. De forma sucinta é necessário colocarmos a mão esquerda consciência e nos questionarmos: consumimos ou consumidos?


                


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